Iemanjá
Iemanjá não é só brasileira, esse orixá é de origem africana e em cada país é lembrada de formas diferentes. Suas representações são muito próximas, o uso da cor azul e branca e sua relação com o mar. No Brasil ela é a "Rainha dos Mares", dedicamos a ela a tradicional Festa de Iemanjá na cidade de Salvador, que tem como lugar a praia do Rio Vermelho, esta festa acontece todo dia 2 de Fevereiro. Na mesma data, Iemanjá também é cultuada em diversas outras praias brasileiras, onde lhe são ofertadas velas e flores, lançadas ao mar em pequenos barcos artesanais. Além desta comemoração, durante a passagincipem de ano, milhares de pessoas homenageiam a Rainha dos Mares, principalmente no Rio de Janeiro.
Tomando como base de estudo as obras de Ortiz (1985 e1988) e Silva (2000), entende-se por identidade nacional uma identidade definida em relação a algo exterior, que no caso brasileiro se diferencia principalmente dos europeus e norte-americanos, mas que, ao mesmo tempo, se assemelha muito à identidade pensada no âmbito dos países latino-americanos. Essa cultura e história de uma unidade brasileira correspondem aos interesses de diferentes grupos sociais em sua relação com o Estado. Essa construção é um processo de produção simbólica e discursiva, que não é fixa ou natural. E apesar de uma busca contínua por essa unidade, não existe uma única identidade. E para afirmar esta é comum legitimá-la por referências exteriores ou num passado que valide essa identidade.
Foi realizada uma pesquisa em bureau de estilo internacional e diante dos temas apresentados, esta coleção fixa-se em alguns pontos levantados. Um dos focos de inspiração para esta coleção foi o mar. Este elemento da natureza nos remete um tema presente nas pautas mundiais que é o movimento de preservação do meio ambiente.
Junto com essa questão, aproveitamos o mar como referência a um elemento peculiar a cultura nacional brasileira, tendo em vista as temáticas de festas e festivais populares, em que a cultura se justa põem. Iemanjá foi o elemento escolhido para simbolizar a cultura nacional, que esta sempre em construção sendo um processo de produção simbólica e discursiva, que não é fixa ou natural.
Outros elementos usados foram o floral, a aparência de algo pintado manualmente de forma desfocada e que remeta ao artesanal. Tudo isso se apresenta muitas vezes de forma exagerada mas usando de materiais delicados e com cores que estabelecem o contras de cores com luz e sem. Todos esses ponto levantados não são aleatórios, mas uma exploração dos temas e elementos pesquisados. Por fim, diante deste estudo, destacam-se alguns materiais muito usados nas maquetes de tecido: organza e pérola.
Com isso, foi desenvolvida uma ambiência com imagens que referenciavam as festas e símbolos de Iemanjá, em conjunto das têndencias analisadas.
Referências ------------------------------------------------------------------------------------------------
Ortiz, Renato. Cultura brasileira e identidade nacional. 5ª reimpr. da 5ª ed. São Paulo-Brasil: Brasiliense, 1985.
______. A moderna Tradição Brasileira. São Paulo: Brasiliense, 5ª reimpr. da 5ª Ed. 1947.
SILVA, Tomaz Tadeu de (org.);HALL, Stuart; WOODWARD, Katharyn. Identidade e Diferença, A perspectiva dos Estudos Culturais. 2000, Petrópolis. Editora Vozes.
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