A peça escolhida para reprodução foi o croqui 3. O biquíni foi confeccionado em malha jersey, com aplicações de babado e fuchico em cambraia, e rede de crochê.
domingo, 13 de junho de 2010
Características da coleção
Necessidades
As principais necessidades do vestuário de moda praia são: adequar as formas dos maios e biquínis aos diferentes biótipos mantendo o conforto e bem estar. Há ainda a necessidade de proteção contra agentes bióticos que possam causar micoses e infecções, dado que este tipo de vestuário está freqüentemente exposto a condições que favorecem estas, alem de proteger a pele das radiações UV que tanto castigam a pele.
No caso da peça escolhida para ser confeccionada por se tratar de um biquini há a necessidade de se oferecer conforto sensorial a pele já castigada pelo sol, sal, cloro etc., assim como proteção contra radiação UV e contra microorganismos.
Problemas
Prover a sustentação adequada das roupas de moda praia nas diversas situações de uso mantendo as condições de conforto e bem estar. As intensas lavagens, exposições a agentes químicos, sol, abrasão entre outros torna difícil manter a cor e os processos de acabamento nas peças. Outro problema é diminuir a retenção de umidade pelos tecidos.
Soluções
Para solucionar os problema e atender as necessidade mencionados anteriormente o grupo foi buscar novas tecnologias e processos como, por exemplo, a utilização de fibras de ultima geração na fabricação das malhas e dos nãotecidos (usados nas aplicações sobre as peças), visando oferecer novas funções as peças e pensando em satisfazer os sentido através do tato. Quanto as questões relacionadas as variações antropométricas, foram desenvolvidos modelos com formas bem distintas buscando oferecer opções as varias conformações corporais.
Silhueta
A silhueta usada na coleção segue as formas anatômicas e trapézio e as linhas seguiram a aderente e insinuante. A estrutura usada na construção dos modelos em grande parte das peças é assimétrica e fluida. O modelo confeccionado segue a forma anatômica, de linhas insinuantes, com estrutura simétrica.
Sustentação
A sustentação dos modelos desenvolvidos se faz na maior parte das vezes por meio de intersecção de planos, tendo como ponto de sustentação principalmente os ombros e a cintura. Também foram utilizadas algumas técnicas de costura e a utilização de acessórios principalmente nas laterais dos biquínis.
Tecidos
Os tecidos usados na confecção das roupas de banho serão malhas circulares e de urdume em poliamida X-static (parte externa) e em poliéster Wellkey (forros e aplicação de nãotecidos) com lycra. Na confecção das saídas de praia, saias e vestidos será usado cambraia de algodão bem leve.
As principais necessidades do vestuário de moda praia são: adequar as formas dos maios e biquínis aos diferentes biótipos mantendo o conforto e bem estar. Há ainda a necessidade de proteção contra agentes bióticos que possam causar micoses e infecções, dado que este tipo de vestuário está freqüentemente exposto a condições que favorecem estas, alem de proteger a pele das radiações UV que tanto castigam a pele.
No caso da peça escolhida para ser confeccionada por se tratar de um biquini há a necessidade de se oferecer conforto sensorial a pele já castigada pelo sol, sal, cloro etc., assim como proteção contra radiação UV e contra microorganismos.
Problemas
Prover a sustentação adequada das roupas de moda praia nas diversas situações de uso mantendo as condições de conforto e bem estar. As intensas lavagens, exposições a agentes químicos, sol, abrasão entre outros torna difícil manter a cor e os processos de acabamento nas peças. Outro problema é diminuir a retenção de umidade pelos tecidos.
Soluções
Para solucionar os problema e atender as necessidade mencionados anteriormente o grupo foi buscar novas tecnologias e processos como, por exemplo, a utilização de fibras de ultima geração na fabricação das malhas e dos nãotecidos (usados nas aplicações sobre as peças), visando oferecer novas funções as peças e pensando em satisfazer os sentido através do tato. Quanto as questões relacionadas as variações antropométricas, foram desenvolvidos modelos com formas bem distintas buscando oferecer opções as varias conformações corporais.
Silhueta
A silhueta usada na coleção segue as formas anatômicas e trapézio e as linhas seguiram a aderente e insinuante. A estrutura usada na construção dos modelos em grande parte das peças é assimétrica e fluida. O modelo confeccionado segue a forma anatômica, de linhas insinuantes, com estrutura simétrica.
Sustentação
A sustentação dos modelos desenvolvidos se faz na maior parte das vezes por meio de intersecção de planos, tendo como ponto de sustentação principalmente os ombros e a cintura. Também foram utilizadas algumas técnicas de costura e a utilização de acessórios principalmente nas laterais dos biquínis.
Tecidos
Os tecidos usados na confecção das roupas de banho serão malhas circulares e de urdume em poliamida X-static (parte externa) e em poliéster Wellkey (forros e aplicação de nãotecidos) com lycra. Na confecção das saídas de praia, saias e vestidos será usado cambraia de algodão bem leve.
Materiais têxteis: Acabamentos
As fibras ainda podem ser submetidas a processos físicos e químicos a fim de oferecer novas propriedades de conforto aos produtos confeccionados. Muito desses processos ocorrem durante o acabamento. No vestuário para praia é muito interessante aplicar acabamento antimicrobianos e proteção UV, já que o indivíduo permanece muito tempo em exposição ao sol e à umidade após o banho de mar.
Acabamentos antimicrobianos
O acabamento antimicrobianos pode ter natureza orgânica ou inorgânica (Gacén e Gacén, 2003). Segundo Zikeli (2006), há três formas de agregação do material antibacteriano nas fibras sintéticas:
- durante a extrusão;
- aplicando e fixando o produto durante o processo de acabamento final;
- modificando o polímero e aplicando a substância bioativa.
O composto que decidimos aplicar na coleção é a prata. Ela possui uma longa história no campo da medicina e higiene, já foi utilizada como purificadora de água, em curativos, próteses para ossos, entre outros usos. Os compostos de prata ionizam-se na presença de água e fluídos corporais. Os íons de prata (Ag+) interagem com as membranas das células das bactérias e fungos, desta forma, prevenindo sua proliferação (Lansdown, 2006), mas para o homem, aparentemente a prata possui baixo risco de toxidade.
A empresa Noble Fiber desenvolveu uma fibra de náilon (poliamida) recoberta com uma pequena capa de prata pura, ela é chamada de “X-static”. Com ela, podem ser fabricados tecidos planos e de malha. Esse tipo de fibra protege o corpo de odores desagradáveis produzidos pelas populações de bactérias.
Proteção UV
Os problemas ambientais atuais, como o buraco na camada de ozônio, cada vez mais aumentam os índices de radiação solar, ocasionando conseqüentemente o aumento de casos de câncer de pele. O sol emana 3 tipos de radiação UVC – que não chega a ser absorvida pela Terra – a radiação UVA – que causa pequena reação na pele – e a radiação UVB – o maior responsável pelo câncer de pele.
Um tecido pode ou não conter esta radiação (Ver Figura 1). São muitos os parâmetros que influenciam essa ação: porosidade, tingimento, espessura, construção do tecido, etc. Mas muitas empresas estão aplicando compostos para proteção diretamente nas fibras. São incorporados determinados pigmentos ao fluído de fiação, que contêm grupos cromóforos capazes de absorver radiação UV. (Gacén e Gacén, 2003)
Outra técnica desenvolvida para as fibras é a utilização de dióxido de titânio, muito finamente dividido, é aplicado na proporção de 0,5%, mas que possui uma boa capacidade de proteção solar e atua como uma barreira permanente. O tamanho das partículas evita o emprego de porcentagens maiores, por ser muito maior a superfície específica das partículas e o efeito barreira da radiação UV. Essa tecnologia é aplicável a fibras de poliéster, poliamida, viscose e acrílicas. (Gacén e Gacén, 2003).
Referências -------------------------------------------------------------------------------------------------
Hipler U-C, Elsner P (eds): Biofunctional Textiles and the Skin. Curr Probl Dermatol. Basel, Karger, 2006, vol 33
Zikeli, S. Production Process of a New Cellulosic Fiber with Antimicrobial Properties. Zimmer AG, Frankfurt/Main, Germany. 2006
Lansdown , A. B.G., Silver in Health Care: Antimicrobial Effects and Safety in Use. Imperial College Faculty of Medicine, Charing Cross Hospital, London, UK. 2006
Scott, R. A. Textiles for protection. Woodhead Publishing Limited in association with The Textile Institute. Cambridge, England. 2005
Sarkar, A. K. Textiles for UV protection. Colorado State University, USA
Gacén, J.; Gacén, I.; Fibras de alta tecnologia - Universidade Politécnica de Catalunha – Espanha Tradução: PACHECO, A. S. – ABQCT - Química Têxtil - n° 71/junho de 2003.
Etters, J. N.; Novos desenvolvimentos em têxteis de alto desempenho – Universidade de Georgia – Tradução: Pacheco, A. S. – ABQCT – Química Têxtil – n°74/ março de 2004.
Acabamentos antimicrobianos
O acabamento antimicrobianos pode ter natureza orgânica ou inorgânica (Gacén e Gacén, 2003). Segundo Zikeli (2006), há três formas de agregação do material antibacteriano nas fibras sintéticas:
- durante a extrusão;
- aplicando e fixando o produto durante o processo de acabamento final;
- modificando o polímero e aplicando a substância bioativa.
O composto que decidimos aplicar na coleção é a prata. Ela possui uma longa história no campo da medicina e higiene, já foi utilizada como purificadora de água, em curativos, próteses para ossos, entre outros usos. Os compostos de prata ionizam-se na presença de água e fluídos corporais. Os íons de prata (Ag+) interagem com as membranas das células das bactérias e fungos, desta forma, prevenindo sua proliferação (Lansdown, 2006), mas para o homem, aparentemente a prata possui baixo risco de toxidade.
A empresa Noble Fiber desenvolveu uma fibra de náilon (poliamida) recoberta com uma pequena capa de prata pura, ela é chamada de “X-static”. Com ela, podem ser fabricados tecidos planos e de malha. Esse tipo de fibra protege o corpo de odores desagradáveis produzidos pelas populações de bactérias.
Proteção UV
Os problemas ambientais atuais, como o buraco na camada de ozônio, cada vez mais aumentam os índices de radiação solar, ocasionando conseqüentemente o aumento de casos de câncer de pele. O sol emana 3 tipos de radiação UVC – que não chega a ser absorvida pela Terra – a radiação UVA – que causa pequena reação na pele – e a radiação UVB – o maior responsável pelo câncer de pele.
Um tecido pode ou não conter esta radiação (Ver Figura 1). São muitos os parâmetros que influenciam essa ação: porosidade, tingimento, espessura, construção do tecido, etc. Mas muitas empresas estão aplicando compostos para proteção diretamente nas fibras. São incorporados determinados pigmentos ao fluído de fiação, que contêm grupos cromóforos capazes de absorver radiação UV. (Gacén e Gacén, 2003)
Imagem 1: Incidencia solar em tecido
Fonte: Scott, (2005).
Outra técnica desenvolvida para as fibras é a utilização de dióxido de titânio, muito finamente dividido, é aplicado na proporção de 0,5%, mas que possui uma boa capacidade de proteção solar e atua como uma barreira permanente. O tamanho das partículas evita o emprego de porcentagens maiores, por ser muito maior a superfície específica das partículas e o efeito barreira da radiação UV. Essa tecnologia é aplicável a fibras de poliéster, poliamida, viscose e acrílicas. (Gacén e Gacén, 2003).
Referências -------------------------------------------------------------------------------------------------
Hipler U-C, Elsner P (eds): Biofunctional Textiles and the Skin. Curr Probl Dermatol. Basel, Karger, 2006, vol 33
Zikeli, S. Production Process of a New Cellulosic Fiber with Antimicrobial Properties. Zimmer AG, Frankfurt/Main, Germany. 2006
Lansdown , A. B.G., Silver in Health Care: Antimicrobial Effects and Safety in Use. Imperial College Faculty of Medicine, Charing Cross Hospital, London, UK. 2006
Scott, R. A. Textiles for protection. Woodhead Publishing Limited in association with The Textile Institute. Cambridge, England. 2005
Sarkar, A. K. Textiles for UV protection. Colorado State University, USA
Gacén, J.; Gacén, I.; Fibras de alta tecnologia - Universidade Politécnica de Catalunha – Espanha Tradução: PACHECO, A. S. – ABQCT - Química Têxtil - n° 71/junho de 2003.
Etters, J. N.; Novos desenvolvimentos em têxteis de alto desempenho – Universidade de Georgia – Tradução: Pacheco, A. S. – ABQCT – Química Têxtil – n°74/ março de 2004.
Materiais têxteis: Nãotecido
Na coleção, gostaríamos de dar volume às flores de alguns maiôs, vestidos e biquínis. O material que utilizaríamos seria o nãotecido de filamentos contínuos de poliéster dublado, por um sistema de passagem de ar quente. Segundo a norma NBR 13370 da ABNT o nãotecido é “uma estrutura plana, flexível e porosa, constituída de véu ou manta de fibras ou filamentos, orientados direcionalmente ou não consolidados por processos mecânicos (fricção) e /ou químico (adesão) e /ou térmico (coesão).”
Pode ser produzido via método seco ou úmido. O método úmido utiliza fibras muito curtas em suspensão em água, que são depositadas em esteiras, que escoam a água, formando a manta. Depois, esta manta é consolidada – seja de forma química, mecânica ou térmica –, é secada e enrolada.
No método seco o que determina a forma de produção é o tamanho da fibra, que pode ser curta (cortada) ou filamentos contínuos. As fibras curtas podem passar por dois métodos: cardagem ou deposição via fluxo de ar em esteira. A manta deve ser consolidada por método químico, mecânico ou térmico. Os nãotecidos de filamentos contínuos podem ser desenvolvidos por alguns métodos, mas no nosso caso srá o spunbonded.
Spunbonded
Neste processo o polímero em forma de chips ou pellets é aquecido até o ponto correto para fiação. Segundo Rewald (2006), os parâmetro de cada fibra devem ser respeitados. No caso do poliéster os principais parâmetros devem ser a viscosidade intrínseca (IV>=0,64), alta cristalinidade e umidade (<0,004%). Em seguida, a pasta é forçada a passar pelas fieiras com ajuda de uma bomba volumétrica. Isso forma os filamentos que são estirados com ajuda de uma corrente de ar, paralelas aos filamentos descendentes a partir das fieiras.
A próxima etapa, da formação da manta, pode ocorrer de diversas formas. Rewald (2006) comenta sobre 4 tipos:
1- Os filamentos são mecanicamente estirados e distribuídos sobre uma esteira que passa por uma agulhadeira. Quanto mais devagar o processo, mais pesado será o nãotecido
2- Os filamentos são desviados por um defletor e depositados em uma esteira contínua perfurada. Em seguida são consolidados por cilindros aquecidos.
3- Aplica-se nos filamentos uma carga elétrica a fim de auxiliar na dispersão e são consolidados por processo hidromecânico.
4- Faz-se uso de uma fieira rotativa para dispersão de um filamento único. Este processo necessita de um ligante químico, secagem e polimerização.
Para a nossa coleção, utilizaríamos o processo que usa carga elétrica, principalmente pela consolidação. O processo hidromecânico dá um aspecto mais macio ao nãotecido, deixando-o mais bem acabado evitando danos as fibras. Nesse sistema, correntes de água em alta pressão e alta velocidade entrelaçam as fibras. O dispositivo é constituído de pequenos furos de diâmetro de 5 a 7 microns, com densidade de 30 a 60 furos por 25mm. Os furos devem ser muito bem acabado e qualquer imperfeição pode ocasionar quebra da eficiência do jato. Os jatos são dispostos até 50mm de distancia da manta e a água utilizada deve ser tratada.
Uma esteira ou um tambor perfurados podem carregar o véu não consolidado. A água dos jatos atravessa o véu entrelaçando as fibras, sendo escoada pelos buracos da esteira/tambor. O tambor pode conter padrões que são marcados na manta, que no caso da nossa coleção, teria a forma de flores. Para a nossa coleção, a flor traria relevo, desta forma a gramatura teria que ser grande, o que o sistema da Appex consegue desenvolver, já que varia de 50 a 400 g/m2. Junto à esteira, há um sistema de sucção a vácuo da água para não prejudicar o funcionamento da máquina. Em seguida, a manta passa por tambores de ar quente para secarem.
Referências --------------------------------------------------------------
Rewald, G. F. Tecnologia dos NãoTecidos, Matérias-primas, processos, eaplicações finais. Editora LCTE, 2006.
Pode ser produzido via método seco ou úmido. O método úmido utiliza fibras muito curtas em suspensão em água, que são depositadas em esteiras, que escoam a água, formando a manta. Depois, esta manta é consolidada – seja de forma química, mecânica ou térmica –, é secada e enrolada.
No método seco o que determina a forma de produção é o tamanho da fibra, que pode ser curta (cortada) ou filamentos contínuos. As fibras curtas podem passar por dois métodos: cardagem ou deposição via fluxo de ar em esteira. A manta deve ser consolidada por método químico, mecânico ou térmico. Os nãotecidos de filamentos contínuos podem ser desenvolvidos por alguns métodos, mas no nosso caso srá o spunbonded.
Spunbonded
Neste processo o polímero em forma de chips ou pellets é aquecido até o ponto correto para fiação. Segundo Rewald (2006), os parâmetro de cada fibra devem ser respeitados. No caso do poliéster os principais parâmetros devem ser a viscosidade intrínseca (IV>=0,64), alta cristalinidade e umidade (<0,004%). Em seguida, a pasta é forçada a passar pelas fieiras com ajuda de uma bomba volumétrica. Isso forma os filamentos que são estirados com ajuda de uma corrente de ar, paralelas aos filamentos descendentes a partir das fieiras.
A próxima etapa, da formação da manta, pode ocorrer de diversas formas. Rewald (2006) comenta sobre 4 tipos:
1- Os filamentos são mecanicamente estirados e distribuídos sobre uma esteira que passa por uma agulhadeira. Quanto mais devagar o processo, mais pesado será o nãotecido
2- Os filamentos são desviados por um defletor e depositados em uma esteira contínua perfurada. Em seguida são consolidados por cilindros aquecidos.
3- Aplica-se nos filamentos uma carga elétrica a fim de auxiliar na dispersão e são consolidados por processo hidromecânico.
4- Faz-se uso de uma fieira rotativa para dispersão de um filamento único. Este processo necessita de um ligante químico, secagem e polimerização.
Para a nossa coleção, utilizaríamos o processo que usa carga elétrica, principalmente pela consolidação. O processo hidromecânico dá um aspecto mais macio ao nãotecido, deixando-o mais bem acabado evitando danos as fibras. Nesse sistema, correntes de água em alta pressão e alta velocidade entrelaçam as fibras. O dispositivo é constituído de pequenos furos de diâmetro de 5 a 7 microns, com densidade de 30 a 60 furos por 25mm. Os furos devem ser muito bem acabado e qualquer imperfeição pode ocasionar quebra da eficiência do jato. Os jatos são dispostos até 50mm de distancia da manta e a água utilizada deve ser tratada.
Uma esteira ou um tambor perfurados podem carregar o véu não consolidado. A água dos jatos atravessa o véu entrelaçando as fibras, sendo escoada pelos buracos da esteira/tambor. O tambor pode conter padrões que são marcados na manta, que no caso da nossa coleção, teria a forma de flores. Para a nossa coleção, a flor traria relevo, desta forma a gramatura teria que ser grande, o que o sistema da Appex consegue desenvolver, já que varia de 50 a 400 g/m2. Junto à esteira, há um sistema de sucção a vácuo da água para não prejudicar o funcionamento da máquina. Em seguida, a manta passa por tambores de ar quente para secarem.
Referências --------------------------------------------------------------
Rewald, G. F. Tecnologia dos NãoTecidos, Matérias-primas, processos, eaplicações finais. Editora LCTE, 2006.
Materiais têxteis: Poliamida
A poliamida é uma fibra sintética produzida a partir de compostos petroquímicos. Sendo considerada a mais nobre entre as fibras sintéticas, é muito versátil e se presta a diversas aplicações desde lingerie, meias finas, roupas esportivas e de lazer, linha de costura, tapetes, estofados e até em aplicações técnicas como tecido de balões, pára-quedas, tecido para automóveis e veleiros entre outros. Possui elevada resistência mecânica, baixa absorção de umidade tem boa aceitação de acabamentos têxteis, permitindo assim a obtenção de tecidos com aspectos visuais diferenciados.
A principal utilização do náilon na área têxtil ocorre na fabricação de tecidos de malha apropriados para a confecção de meias, roupas de banho (maiôs, sungas), moda íntima (lingerie) e artigos esportivos. (Romero, 1995)
Uma grande variedade de fibras de poliamida está disponível, desde microfibras ultrafinas, que contém fibrilas com menos de 1.0 dtex, utilizadas em artigos leves como meias e lingerie, até fibras mais grossas, acima de 2100 dtex, para artigos mais robustos como malas de viagem, mochilas e sapatos. O número de filamentos do fio varia enormemente e é isso que determina as propriedades do produto final. (Ruchser, 2004)
Ainda segundo Ruchser (2004) a aparência das fibras de poliamida pode variar de um brilho intenso ao opaco alem das fibras com aparência metálica.
A definição de Náilon, segundo a Federal Trade Commission - FTC (MIDWEST PARALEGAL STUDIES, 2003), é uma fibra formada por uma longa cadeia de poliamida sintética, onde até 85% do grupo amida está ligada diretamente a dois anéis aromáticos. (Cherem, 2004)
Esta definição da FTC abrange tanto a poliamida 6 quanto 6,6, as quais dentre os vários tipos de poliamida são as mais comumente usadas na área têxtil. Ambas as fibras são isômeras e possuem os mesmos elementos, porem os polímeros estão arranjados de maneira diferente. Sendo que estas diferenças na estrutura do polímero resultam em diferentes propriedades nas fibras. O sistema de numeração tem base no número de átomos de carbono da diamina e /ou do diácido que compõe a cadeia molecular.
Quando se trata de polimerização de um aminoácido, a poliamida será representada por um único número que indicará a quantidade de átomos de carbono do aminoácido de 6 carbonos com amina no extremo oposto da molécula. O nylon 6,6 por sua vez é proveniente da reação entre a hexametilenodiamina (diamina de 6 carbonos) e o ácido adípico ibiácido (diácido de 6 carbonos).
Poliamida 6
De acordo com Pita, (1996) a poliamida 6 é obtida pela polimerização da caprolactama, que é o produto da condensação interna do ácido aminocapróico. Já a caprolactama pode ser obtida por muitos processos, sendo os mais comuns os que partem do benzeno, fenol ou ciclohexano, conforme pode ser observado na figura 2.
Para que a caprolactama polimerize mais facilmente esta se realiza na presença de água ou de grupos terminais – COOH – NH2. Na primeira fase do processo água atuaria como hidrolizante, transformando a caprolactama em ácido amino capróico.
Figura 4: Grupos base do processo de polimerização por adição, canalizados pelos grupos – NH2.
A velocidade do processo de adição varia de acordo com a concentração dos grupos terminais, indiretamente com a concentração de água e com a concentração da caprolactama que não reagiu. Ao fim do processo após a reação da maior parte da caprolactama, o mecanismo de policondensação ganha importância na reação.
Segundo Pita (1996) a velocidade de reação é proporcional ao produto COOH – NH2 e está é independente do tamanho das moléculas de origem dos grupos mencionados.
A velocidade da hidrolise, ou seja, o processo inverso, é proporcional ao produto das concentrações dos grupos amida já formados e a concentração de água ativa no meio da reação [- CONH -] [ H2O ]. (Pita, 1996)
Pita (1996) afirma que uma situação de equilíbrio deve chegar quando a velocidade de reação for igual à velocidade da hidrólise, ficando definida uma constante de equilíbrio que dependerá tão somente da temperatura.
Tendo em vista que, tratando-se agora de um polímero com elevado grau de polimerização, a concentração de grupos amida, CONH, é quase igual ao da caprolactama inicial, ou seja, 1. (Pita, 1996)
Segundo Pita, (1996) a expressão informa que o grau de polimerização de equilíbrio das poliamidas (o mecanismo de condensação é comum a todas as poliamidas) é inversamente proporcional á raiz quadrada da concentração de água (ou da pressão de vapor de água) em equilíbrio com o meio da reação.
Poliamida 6,6
A poliamida 6,6 foi a primeira poliamida a ser descoberta, por isso mesmo era comumente chamada simplesmente de nylon até o advento das demais poliamidas. È um polímero linear sintetizado a partir da reação entre a diamina de 6 carbonos, diácido de 6 carbonos, a hexametilenodina e o ácido adípico.
De acordo com Pita (1996) o ácido adípico pode ser obtido através de um grande numero de produtos químicos, dentre os quais o ciclohexano, o acetileno e o tetrahidrofurano. Um dos processos comerciais envolve a oxidação do ciclohexano à ciclohexanona e a ciclohexanol. A mistura oxidada (em ar) sofre uma oxidação catalítica com ácido nítrico transformando-se em ácido adípico, rompendo o anel. As reações para a obtenção do ácido adípico estão representadas na figura 5:
Figura 6: Reação
A hexametilenodiamina pode ser obtida a partir do ácido adípico por desidratação em presença de amoníaco para obter-se adiponitrilo, seguindo-se uma hidrogenação. As reações de obtenção da hexametilenodiamina são mostradas a seguir. (Pita, 1996)
Fonte: Pita, 1996
Fonte: Pita, 1996
Propriedades e Usos
As fibras de poliamida 6 são bastante resistentes sendo as propriedades de tenacidade e alongamento da ordem de 5 gf/denier seu alongamento está em torno de 30% alongando com baixa tensão e recuperando o estado original de forma aceitável. O regain é de 4,6%, razão pela qual é considerada uma das melhores fibras sintéticas para artigos do vestuário.
Funde a 215ºC, é sensível à oxidação ao ar a partir dos 130ºC. A fibra brilhante tem boa resistencia à radiação ultravioleta do sol sendo essa uma das razões pelas quais é amplamente usada na confecção de maios e biquínis. Suas propriedades são afetadas somente após longos tempos de exposição (acima de 200 horas). O agente de opacação utilizado na polimerização acelera a velocidade de ataque das radiações.
As propriedades de tenacidade e alongamento, regain, massa especifica e químicas da poliamida 6,6 são semelhantes as da poliamida 6. Assim como sua resistência às radiações ultravioletas do sol, desde que não haja excesso de TiO2.
Segundo Cherem (2004) a estabilidade dimensional do náilon é boa, porém se mantidas altas temperaturas o tecido de náilon poderá sofrer um processo de encolhimento. Logo, as lavações e secagens devem ser conduzidas em temperaturas moderadas. Ambas as poliamidas são estáveis em pH ácido, mas é menos resistente ao contato prolongado em meio alcalino.
Referências ---------------------------------------------------------------------------------------------------------
Cherem, L. F. C. Um Modelo para a Predição da Alteração Dimensional em Tecidos de Malha em Algodão. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis 2004.
Pita, P. A. N.; Fibras Têxteis volume 2.; SENAI-DN: SENAI-CTIQT:CNPq:IBICT: PADCT: TIB – Rio de Janeiro 1996.
Romero, L. L. et al., Fibras Artificiais e Sintéticas – Relato Setorial – Junho de 1995. Disponível em: http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt /Galerias/Arquivos/ conhecimento/relato/fibras.pdf. Acesso: maio de 2009.
Thomas Ruchser, DyStar Textilfarben GmbH & Co. Deutschland KG, Frankfurt am Main, Germany
A principal utilização do náilon na área têxtil ocorre na fabricação de tecidos de malha apropriados para a confecção de meias, roupas de banho (maiôs, sungas), moda íntima (lingerie) e artigos esportivos. (Romero, 1995)
Uma grande variedade de fibras de poliamida está disponível, desde microfibras ultrafinas, que contém fibrilas com menos de 1.0 dtex, utilizadas em artigos leves como meias e lingerie, até fibras mais grossas, acima de 2100 dtex, para artigos mais robustos como malas de viagem, mochilas e sapatos. O número de filamentos do fio varia enormemente e é isso que determina as propriedades do produto final. (Ruchser, 2004)
Ainda segundo Ruchser (2004) a aparência das fibras de poliamida pode variar de um brilho intenso ao opaco alem das fibras com aparência metálica.
Figura 1: Corte da seção transversal e longitudinal de fibras de poliamida
Fonte: Cherem, (2004)
A definição de Náilon, segundo a Federal Trade Commission - FTC (MIDWEST PARALEGAL STUDIES, 2003), é uma fibra formada por uma longa cadeia de poliamida sintética, onde até 85% do grupo amida está ligada diretamente a dois anéis aromáticos. (Cherem, 2004)
Esta definição da FTC abrange tanto a poliamida 6 quanto 6,6, as quais dentre os vários tipos de poliamida são as mais comumente usadas na área têxtil. Ambas as fibras são isômeras e possuem os mesmos elementos, porem os polímeros estão arranjados de maneira diferente. Sendo que estas diferenças na estrutura do polímero resultam em diferentes propriedades nas fibras. O sistema de numeração tem base no número de átomos de carbono da diamina e /ou do diácido que compõe a cadeia molecular.
Quando se trata de polimerização de um aminoácido, a poliamida será representada por um único número que indicará a quantidade de átomos de carbono do aminoácido de 6 carbonos com amina no extremo oposto da molécula. O nylon 6,6 por sua vez é proveniente da reação entre a hexametilenodiamina (diamina de 6 carbonos) e o ácido adípico ibiácido (diácido de 6 carbonos).
Poliamida 6
De acordo com Pita, (1996) a poliamida 6 é obtida pela polimerização da caprolactama, que é o produto da condensação interna do ácido aminocapróico. Já a caprolactama pode ser obtida por muitos processos, sendo os mais comuns os que partem do benzeno, fenol ou ciclohexano, conforme pode ser observado na figura 2.
Figura 2: Reação do benzeno, fenol ou ciclnçohexano para a obtenção da caprolactama
Fonte: Pita, 1996
Para que a caprolactama polimerize mais facilmente esta se realiza na presença de água ou de grupos terminais – COOH – NH2. Na primeira fase do processo água atuaria como hidrolizante, transformando a caprolactama em ácido amino capróico.
Figura 3: Reação de polimerização da caprolactama
Fonte: Pita, 1996
Figura 4: Grupos base do processo de polimerização por adição, canalizados pelos grupos – NH2.
Fonte: Pita, 1996
A velocidade do processo de adição varia de acordo com a concentração dos grupos terminais, indiretamente com a concentração de água e com a concentração da caprolactama que não reagiu. Ao fim do processo após a reação da maior parte da caprolactama, o mecanismo de policondensação ganha importância na reação.
NH2 – R1 – COOH + NH2 –R2 - COOH
A velocidade da hidrolise, ou seja, o processo inverso, é proporcional ao produto das concentrações dos grupos amida já formados e a concentração de água ativa no meio da reação [- CONH -] [ H2O ]. (Pita, 1996)
Pita (1996) afirma que uma situação de equilíbrio deve chegar quando a velocidade de reação for igual à velocidade da hidrólise, ficando definida uma constante de equilíbrio que dependerá tão somente da temperatura.
Tendo em vista que, tratando-se agora de um polímero com elevado grau de polimerização, a concentração de grupos amida, CONH, é quase igual ao da caprolactama inicial, ou seja, 1. (Pita, 1996)
Segundo Pita, (1996) a expressão informa que o grau de polimerização de equilíbrio das poliamidas (o mecanismo de condensação é comum a todas as poliamidas) é inversamente proporcional á raiz quadrada da concentração de água (ou da pressão de vapor de água) em equilíbrio com o meio da reação.
Poliamida 6,6
A poliamida 6,6 foi a primeira poliamida a ser descoberta, por isso mesmo era comumente chamada simplesmente de nylon até o advento das demais poliamidas. È um polímero linear sintetizado a partir da reação entre a diamina de 6 carbonos, diácido de 6 carbonos, a hexametilenodina e o ácido adípico.
De acordo com Pita (1996) o ácido adípico pode ser obtido através de um grande numero de produtos químicos, dentre os quais o ciclohexano, o acetileno e o tetrahidrofurano. Um dos processos comerciais envolve a oxidação do ciclohexano à ciclohexanona e a ciclohexanol. A mistura oxidada (em ar) sofre uma oxidação catalítica com ácido nítrico transformando-se em ácido adípico, rompendo o anel. As reações para a obtenção do ácido adípico estão representadas na figura 5:
Figura 5: Reação de do ácido adípico
Fonte: Pita (1996)
Figura 6: Reação
Fonte: Pita (1996)
A hexametilenodiamina pode ser obtida a partir do ácido adípico por desidratação em presença de amoníaco para obter-se adiponitrilo, seguindo-se uma hidrogenação. As reações de obtenção da hexametilenodiamina são mostradas a seguir. (Pita, 1996)
Figura 7: Reação
Fonte: Pita, 1996
Figura 8: Reação de obtenção do Adipato de
Hexametilenodiamina (Sal de Nylon 6, 6 monomero)
Hexametilenodiamina (Sal de Nylon 6, 6 monomero)
Fonte: Pita, 1996
Propriedades e Usos
As fibras de poliamida 6 são bastante resistentes sendo as propriedades de tenacidade e alongamento da ordem de 5 gf/denier seu alongamento está em torno de 30% alongando com baixa tensão e recuperando o estado original de forma aceitável. O regain é de 4,6%, razão pela qual é considerada uma das melhores fibras sintéticas para artigos do vestuário.
Funde a 215ºC, é sensível à oxidação ao ar a partir dos 130ºC. A fibra brilhante tem boa resistencia à radiação ultravioleta do sol sendo essa uma das razões pelas quais é amplamente usada na confecção de maios e biquínis. Suas propriedades são afetadas somente após longos tempos de exposição (acima de 200 horas). O agente de opacação utilizado na polimerização acelera a velocidade de ataque das radiações.
As propriedades de tenacidade e alongamento, regain, massa especifica e químicas da poliamida 6,6 são semelhantes as da poliamida 6. Assim como sua resistência às radiações ultravioletas do sol, desde que não haja excesso de TiO2.
Segundo Cherem (2004) a estabilidade dimensional do náilon é boa, porém se mantidas altas temperaturas o tecido de náilon poderá sofrer um processo de encolhimento. Logo, as lavações e secagens devem ser conduzidas em temperaturas moderadas. Ambas as poliamidas são estáveis em pH ácido, mas é menos resistente ao contato prolongado em meio alcalino.
Referências ---------------------------------------------------------------------------------------------------------
Cherem, L. F. C. Um Modelo para a Predição da Alteração Dimensional em Tecidos de Malha em Algodão. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis 2004.
Pita, P. A. N.; Fibras Têxteis volume 2.; SENAI-DN: SENAI-CTIQT:CNPq:IBICT: PADCT: TIB – Rio de Janeiro 1996.
Romero, L. L. et al., Fibras Artificiais e Sintéticas – Relato Setorial – Junho de 1995. Disponível em: http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt /Galerias/Arquivos/ conhecimento/relato/fibras.pdf. Acesso: maio de 2009.
Thomas Ruchser, DyStar Textilfarben GmbH & Co. Deutschland KG, Frankfurt am Main, Germany
Materiais têxteis: Poliéster
Dentre as opções de fibras sintéticas o poliéster destaca-se como uma das mais consumidas em todo o mundo, o que é resultado tanto de seu preço mais acessível como por sua grande diversidade de aplicações e possibilidades de misturas. O poliéster pode ser aplicado sozinho ou em misturas com outras fibras como o algodão, linho, viscose, poliamida ou lã, nas mais diversas proporções. É usado na confecção de artigos de moda, cama, mesa e banho, decoração, nãotecidos, têxteis técnicos além de seguimentos não têxteis. Segundo Vezzá e Cotait (2006) tem propriedades que reduzem a tendência a amassar do tecido confeccionado, possui resistência elevada, alta solidez à umidade e a agentes químicos, é não-alérgica e apresenta elevada resistência à tração. Adicionada ao algodão, gera aumento da resistência do fio, o que leva a um aumento na velocidade do processo têxtil e, por conseqüência, a uma maior produtividade. Não desbota e é mais leve se comparada ao algodão.
O nome genérico poliéster é definido como fibra composta de macromoléculas lineares cuja cadeia contém um mínimo de 85% em massa de um éster de um diol e do ácido tereftálico (ISO 2076, 1999). Suas propriedades físicas são: baixa absorção de umidade e densidade, valores médios de elasticidade e alta resistência à abrasão e de resiliência (Kadolph & Langford, 2006).
A resina de poliéster pertence a uma família de polímeros de alto peso molecular, obtida pela condensação de ácidos carboxílicos com glicóis. Segundo Cherem (2004) a forma com que estes elementos se ligam, formando as cadeias de polímeros, afetam as características e propriedades de alongamento, elasticidade, resistência, absorção entre outras.
De acordo com os tipos de ácidos empregados será caracterizada a ligação entre os átomos de carbono da cadeia molecular e assim é possível classificá-las em resinas saturadas ou insaturadas. A resina de poliéster é a matéria prima para diversos produtos têxteis ou não, desde garrafas PET, fibras, filamentos, filmes entre outros de diferentes setores da indústria, por apresentar cristalinidade variável e propriedades facilmente controladas pelos processos de fabricação.
As fibras e filamentos de poliéster apresentam estrutura molecular micelar e um teor de cristalinidade de aproximadamente 50%. Possui uma molécula curta, grau de polimerização médio de 70 a 100, molécula semi-rígida e regular, dotada de grupos polares capazes de formar ligações intermoleculares (Kadolph & Langford, 2006).
A resina insaturada são ésteres complexos constituídos pela reação entre um diálcool (glicol) e um anidrido ou acido dibasico (diácido) liberando no processo uma molécula de água, é produzido quando qualquer um dos reagentes apresenta insaturações. Pode ser formado em duas etapas, condensação do ácido e do álcool, para formar uma resina solúvel, e a seguir, adição de um agente de interligação, para formar uma resina termoestável que são os filmes de poliéster (Mylar® e Terphane®) ou fibras têxteis (Dacron®). A reação ocorre em ambos os extremos da cadeia o que possibilita a formação de moléculas longas com múltiplos grupos éster. É assim denominado pela presença em sua cadeia molecular de duplas ligações.
O poliéster saturado é obtido através da reação entre um biálcool e um biácido saturados gerando um produto termoplástico. Sua cadeia molecular é simples composta somente por ligações simples entre átomos de carbono o que leva a flexibilidade dos artigos confeccionados com esta resina. Pode ser utilizado com ou sem reforço, para os mais diversos fins de filmes, fibras sintéticas, plastificantes (poliméricos) até produtos de engenharia como tampa de tanque de combustível entre outros. Como exemplos, pode se citar o etileno glicol tereftalato, que é obtido pela reação do etileno glicol com o ácido tereftálico.
Sendo o PET um polímero de condensação o processo de síntese ocorre com a presença de um diácido e de um dialcool originando um termoplástico de cadeia linear. A polimerização do PET acontece em duas etapas contendo os monômeros acido tereftalático (TPA) e etilenoglicol (EG). A primeira etapa pode ser executada a partir de duas diferentes reações.
Na primeira reação, que é de esterificação, o TPA reage com o EG em temperatura de 240ºC a 260ºC e pressão entre 300 e 500kPA, obtendo-se um intermediário de baixo peso molecular, tereftalato de bis-hidroxi-etileno (BHET) (Figura 1). Na segunda, que é uma reação de policondensação do tereftalato de dimetila (DMT), entre 150ºC e 220ºC e 100 kPa, produzindo, também, o BHET (Tavares; 2007).
Na segunda etapa acontece o processo de policondensação do BHET, obtendo - se um PET de baixo peso molecular, destinado para aplicações que não exigem alto peso molecular ou com uma viscosidade intrínseca [η] adequada para fibras (Tavares; 2007).
Segundo Tavares (2007) como nos outros polímeros as propriedades mecânicas do PET são influenciadas pelo peso molecular e pela cristalinidade. As propriedades, em especial a tenacidade, dependem, ainda, se o material e isotrópico (sem orientação) ou se possui uma orientação (textura) preferencial. Assim, as propriedades do PET, quando medidas no sentido da orientação da estrutura, são excelentes, mas o material, quando isotrópico, pode apresentar-se frágil e quebradiço.
O poliéster tem origem no petróleo e é produzida a partir da fusão de seus grânulos e sua seqüente extrusão, neste processo a resina é aquecida até se tornar uma pasta, subseqüentemente esta é pressionada em um equipamento que possui micro furos denominado fieira, os fios resultantes se solidificam em seguida.
As fibras tomam sua forma final através de estiramento, realizado através de dois processos básicos; no primeiro, as fibras são estiradas durante o processo de solidificação; no segundo, o estiramento é feito após estarem solidificadas. Em ambos os casos o diâmetro da fibra é reduzido, e sua resistência à tração é aumentada. (Romero et al., 1995). As fibras ainda podem ser submetidas a processos físicos e químicos a fim de oferecer novas propriedades de conforto aos produtos confeccionados. A Figura 4 mostra corte transversal e longitudinal de fibras de poliéster de seção circular.
As propriedades das fibras, juntamente com as características das mesmas, determinam o potencial de uma fibra para uma aplicação específica e também ajuda a entender o comportamento dos artigos têxteis, tanto ao uso quanto à sua manutenção. As fibras de poliéster têm como características, serem hidrofóbicas, bastante duráveis e uma boa capacidade de retenção dos corantes, o que permite criar produtos de cores muito vivas. A Tabela 1 apresenta as principais propriedades da fibra de poliéster
São muitas as tecnologias usadas na fabricação de fibras de alta tecnologia como a incorporação partículas de materiais inorgânicos com a finalidade de aumentar a densidade do fio, há fibras com seções transversais especiais e com distintas finalidades, sobretudo na eliminação mais fácil da transpiração por capilaridade. O transporte ou saída da transpiração também é facilitado pela presença de poros nas fibras, em alguns casos com a presença de um núcleo central oco. O volume ocupado pela zona oca geralmente oscila entre 20% e 40% do volume total da fibra.
A superfície das fibras de poliéster cria um ambiente desfavorável ao desenvolvimento de microorganismos o que confere ao produto confeccionado com estas fibras uma característica antibiótica inerente.
Como mensionado, o poliéster é uma fibra hidrofóbica, ou seja, não absorve a água e transpiração como é o caso do algodão ou da lã. No entanto, é possível fazer com que as fibras de poliéster transportem a água e a transpiração de maneira equivalente aos de fibras naturais, modificando a forma e melhorando características destas.
A Wellkey é uma fibra de poliéster porosa de secção transversal oca seu processo de produção se dá a partir da incorporação de polímeros especialmente solúveis e partículas minerais ao fluído fundido no momento da extrusão, havendo sua posterior eliminação durante o procedimento de produção da fibra gerando microcrateras na superfície da fibra o que melhora seu toque ao diminuir a superfície de contato com a pele. Tanto esses poros quanto o centro oco guardam ar gerando um microclima entre o tecido e a pele diminuindo a variação térmica do usuário, e o chamado volume sem peso o que torna estas mais leves que outras fibras de mesmo diâmetro. Essa estrutura ainda tem a característica de facilitar o transporte da transpiração corporal, e uma secagem rápida, sendo adequada para a produção de vestuário desportivo, ou forro de sportswear.
Referências -----------------------------------------------------------------------------------------------------
Cherem, L. F. C. Um Modelo para a Predição da Alteração Dimensional em Tecidos de Malha em Algodão. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis 2004.
Vezzá, C. S. B.; Cotait, P. L. A. Produção de Fibras Para Confecção de Tecido a Partir da Reciclagem de PET. Poli – Universidade de São Paulo – São Paulo, SP, novembro de 2006.
Kadolph, S.J., Langford, A.L., Textiles. Ed. Prentice Hall. New Jersey, 2006.
Romero, L. L. et al., Fibras Artificiais e Sintéticas – Relato Setorial – Junho de 1995. Disponível em: http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt /Galerias/Arquivos/ conhecimento/relato/fibras.pdf. Acesso: maio de 2009.
Tavares, F. F. C.; Influência da Irradiação Gama no Comportamento Mecânico e Estrutural de Chapa de Poliéster. Dissertação (Mestrado em ciência dos materiais) Instituto Militar de Engenharia – Rio de Janeiro 2007.
O nome genérico poliéster é definido como fibra composta de macromoléculas lineares cuja cadeia contém um mínimo de 85% em massa de um éster de um diol e do ácido tereftálico (ISO 2076, 1999). Suas propriedades físicas são: baixa absorção de umidade e densidade, valores médios de elasticidade e alta resistência à abrasão e de resiliência (Kadolph & Langford, 2006).
A resina de poliéster pertence a uma família de polímeros de alto peso molecular, obtida pela condensação de ácidos carboxílicos com glicóis. Segundo Cherem (2004) a forma com que estes elementos se ligam, formando as cadeias de polímeros, afetam as características e propriedades de alongamento, elasticidade, resistência, absorção entre outras.
De acordo com os tipos de ácidos empregados será caracterizada a ligação entre os átomos de carbono da cadeia molecular e assim é possível classificá-las em resinas saturadas ou insaturadas. A resina de poliéster é a matéria prima para diversos produtos têxteis ou não, desde garrafas PET, fibras, filamentos, filmes entre outros de diferentes setores da indústria, por apresentar cristalinidade variável e propriedades facilmente controladas pelos processos de fabricação.
As fibras e filamentos de poliéster apresentam estrutura molecular micelar e um teor de cristalinidade de aproximadamente 50%. Possui uma molécula curta, grau de polimerização médio de 70 a 100, molécula semi-rígida e regular, dotada de grupos polares capazes de formar ligações intermoleculares (Kadolph & Langford, 2006).
A resina insaturada são ésteres complexos constituídos pela reação entre um diálcool (glicol) e um anidrido ou acido dibasico (diácido) liberando no processo uma molécula de água, é produzido quando qualquer um dos reagentes apresenta insaturações. Pode ser formado em duas etapas, condensação do ácido e do álcool, para formar uma resina solúvel, e a seguir, adição de um agente de interligação, para formar uma resina termoestável que são os filmes de poliéster (Mylar® e Terphane®) ou fibras têxteis (Dacron®). A reação ocorre em ambos os extremos da cadeia o que possibilita a formação de moléculas longas com múltiplos grupos éster. É assim denominado pela presença em sua cadeia molecular de duplas ligações.
O poliéster saturado é obtido através da reação entre um biálcool e um biácido saturados gerando um produto termoplástico. Sua cadeia molecular é simples composta somente por ligações simples entre átomos de carbono o que leva a flexibilidade dos artigos confeccionados com esta resina. Pode ser utilizado com ou sem reforço, para os mais diversos fins de filmes, fibras sintéticas, plastificantes (poliméricos) até produtos de engenharia como tampa de tanque de combustível entre outros. Como exemplos, pode se citar o etileno glicol tereftalato, que é obtido pela reação do etileno glicol com o ácido tereftálico.
Sendo o PET um polímero de condensação o processo de síntese ocorre com a presença de um diácido e de um dialcool originando um termoplástico de cadeia linear. A polimerização do PET acontece em duas etapas contendo os monômeros acido tereftalático (TPA) e etilenoglicol (EG). A primeira etapa pode ser executada a partir de duas diferentes reações.
Na primeira reação, que é de esterificação, o TPA reage com o EG em temperatura de 240ºC a 260ºC e pressão entre 300 e 500kPA, obtendo-se um intermediário de baixo peso molecular, tereftalato de bis-hidroxi-etileno (BHET) (Figura 1). Na segunda, que é uma reação de policondensação do tereftalato de dimetila (DMT), entre 150ºC e 220ºC e 100 kPa, produzindo, também, o BHET (Tavares; 2007).
Figura 1: Reação de esterificação do ácido tereftálico com etileno glicol.
Fonte: Tavares; (2007)
Na segunda etapa acontece o processo de policondensação do BHET, obtendo - se um PET de baixo peso molecular, destinado para aplicações que não exigem alto peso molecular ou com uma viscosidade intrínseca [η] adequada para fibras (Tavares; 2007).
Figura 2: Reação de transesterificação do tereftalato de dimetila
Fonte: Tavares; (2007)
Segundo Tavares (2007) como nos outros polímeros as propriedades mecânicas do PET são influenciadas pelo peso molecular e pela cristalinidade. As propriedades, em especial a tenacidade, dependem, ainda, se o material e isotrópico (sem orientação) ou se possui uma orientação (textura) preferencial. Assim, as propriedades do PET, quando medidas no sentido da orientação da estrutura, são excelentes, mas o material, quando isotrópico, pode apresentar-se frágil e quebradiço.
O poliéster tem origem no petróleo e é produzida a partir da fusão de seus grânulos e sua seqüente extrusão, neste processo a resina é aquecida até se tornar uma pasta, subseqüentemente esta é pressionada em um equipamento que possui micro furos denominado fieira, os fios resultantes se solidificam em seguida.
As fibras tomam sua forma final através de estiramento, realizado através de dois processos básicos; no primeiro, as fibras são estiradas durante o processo de solidificação; no segundo, o estiramento é feito após estarem solidificadas. Em ambos os casos o diâmetro da fibra é reduzido, e sua resistência à tração é aumentada. (Romero et al., 1995). As fibras ainda podem ser submetidas a processos físicos e químicos a fim de oferecer novas propriedades de conforto aos produtos confeccionados. A Figura 4 mostra corte transversal e longitudinal de fibras de poliéster de seção circular.
Figura 4: Fibras de poliéster
Fonte: Cherem, (2004).
As propriedades das fibras, juntamente com as características das mesmas, determinam o potencial de uma fibra para uma aplicação específica e também ajuda a entender o comportamento dos artigos têxteis, tanto ao uso quanto à sua manutenção. As fibras de poliéster têm como características, serem hidrofóbicas, bastante duráveis e uma boa capacidade de retenção dos corantes, o que permite criar produtos de cores muito vivas. A Tabela 1 apresenta as principais propriedades da fibra de poliéster
Tabela 1: Propriedades Físicas e Químicas da Fibra de Poliéster
Fonte: Cherem, (2004).
São muitas as tecnologias usadas na fabricação de fibras de alta tecnologia como a incorporação partículas de materiais inorgânicos com a finalidade de aumentar a densidade do fio, há fibras com seções transversais especiais e com distintas finalidades, sobretudo na eliminação mais fácil da transpiração por capilaridade. O transporte ou saída da transpiração também é facilitado pela presença de poros nas fibras, em alguns casos com a presença de um núcleo central oco. O volume ocupado pela zona oca geralmente oscila entre 20% e 40% do volume total da fibra.
A superfície das fibras de poliéster cria um ambiente desfavorável ao desenvolvimento de microorganismos o que confere ao produto confeccionado com estas fibras uma característica antibiótica inerente.
Como mensionado, o poliéster é uma fibra hidrofóbica, ou seja, não absorve a água e transpiração como é o caso do algodão ou da lã. No entanto, é possível fazer com que as fibras de poliéster transportem a água e a transpiração de maneira equivalente aos de fibras naturais, modificando a forma e melhorando características destas.
A Wellkey é uma fibra de poliéster porosa de secção transversal oca seu processo de produção se dá a partir da incorporação de polímeros especialmente solúveis e partículas minerais ao fluído fundido no momento da extrusão, havendo sua posterior eliminação durante o procedimento de produção da fibra gerando microcrateras na superfície da fibra o que melhora seu toque ao diminuir a superfície de contato com a pele. Tanto esses poros quanto o centro oco guardam ar gerando um microclima entre o tecido e a pele diminuindo a variação térmica do usuário, e o chamado volume sem peso o que torna estas mais leves que outras fibras de mesmo diâmetro. Essa estrutura ainda tem a característica de facilitar o transporte da transpiração corporal, e uma secagem rápida, sendo adequada para a produção de vestuário desportivo, ou forro de sportswear.
Referências -----------------------------------------------------------------------------------------------------
Cherem, L. F. C. Um Modelo para a Predição da Alteração Dimensional em Tecidos de Malha em Algodão. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis 2004.
Vezzá, C. S. B.; Cotait, P. L. A. Produção de Fibras Para Confecção de Tecido a Partir da Reciclagem de PET. Poli – Universidade de São Paulo – São Paulo, SP, novembro de 2006.
Kadolph, S.J., Langford, A.L., Textiles. Ed. Prentice Hall. New Jersey, 2006.
Romero, L. L. et al., Fibras Artificiais e Sintéticas – Relato Setorial – Junho de 1995. Disponível em: http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt /Galerias/Arquivos/ conhecimento/relato/fibras.pdf. Acesso: maio de 2009.
Tavares, F. F. C.; Influência da Irradiação Gama no Comportamento Mecânico e Estrutural de Chapa de Poliéster. Dissertação (Mestrado em ciência dos materiais) Instituto Militar de Engenharia – Rio de Janeiro 2007.
Materiais têxteis: introdução
Para o desenvolvimento de uma coleção moda praia, a matéria-prima deve ser muito bem analisada, desde as fibras ao acabamento. Nossa coleção utilizará fibras de poliamida nos biquínis e maios. Em todas as peças será aplicado acabamento contra raios UV e parte das peças receberão acabamento antimicrobiano, evitando o desconforto gerado pelo sol e a formação de microorganismos nocivos.
O poliéster de alta tecnologia será trabalhado em algumas regiões das peças, onde forem aplicadas flores em relevo. As flores serão produzidas em nãotecido, com com fibras de poliéster e costurado na forma das flores como consolidação, deixando-as fofinhas e resistente. Desta forma foi imprescindível ter conhecimento sobre a matéria-prima e como funciona, determinando elementos essenciais da coleção.
Conforto e vestuário
O conforto é um dos mais importantes atributos da vida. O ser humano está permanentemente, consciente ou inconscientemente, procurando manter ou melhorar seu estado de conforto, físico ou psicológico, na escolha do curso de suas ações.
Uma expressão geralmente aceita define conforto como sendo um estado de harmonia física e mental com o meio ambiente, baseado na ausência de qualquer sensação de incômodo.
Segundo Soutinho (2006), o conforto total do vestuário pode ser dividido em quatro aspectos fundamentais:
* O conforto termofisiológico (térmico) apresenta historicamente a razão mais importante para a existência do vestuário, o que deve proteger as pessoas contra o frio e o calor e simultaneamente tem que permitir a transferência da umidade através das suas camadas.
* O conforto psicológico é alcançado através da combinação de fatores como: facilidade de manutenção, durabilidade, estética, moda, meio social e cultural, ou seja, está relacionado predominantemente com as tendências da moda seguidas pela sociedade.
* O conforto físico (sensorial) é causado por contato mecânico e térmico entre o tecido e a pele, ou seja, está relacionado com as sensações provocadas pelo contato do tecido com a pele. O contato pode ser estático ou dinâmico (durante o movimento).
* O conforto ergonômico está ligado à forma do vestuário. Os fatores que mais influência tem sobre este tipo de conforto são os cortes, costuras, forma de modelagem e tabelas antropométricas. Fatores associados à capacidade de realização de movimentos corporais relacionados com o tipo e estrutura dos materiais utilizados são também importantes.
As características de conforto que um consumidor procura em uma peça de vestuário podem ser vistas como as suas especificações funcionais e estéticas. As especificações estéticas são as que irão dar ao consumidor conforto psicológico e as especificações funcionais são aquelas que lhe irão dar conforto fisiológico e sensorial (Broega & Silva, 2008).
Conforto e Ergonomia
Gonçalves (2007) afirma que o suporte do produto de moda-vestuário é o corpo humano, que se trata fisicamente de uma estrutura tridimensional articulada em constante movimento, capaz de reagir diferentemente entre os semelhantes expostos aos mesmos estímulos no ambiente onde convivem.
O projeto do vestuário tem suas especificidades relacionadas à estética, porém, um dos objetivos deve ser também o conforto corporal. Em cada etapa de sua elaboração deve-se ter sempre a visão de todo o processo, levando-se em conta a complexidade de sua função, que tem como finalidade vestir um corpo. Para atingir estes objetivos, a utilização dos fatores ergonômicos vai além de uma investigação para a melhoria e organização do trabalho, deve reunir elementos e procedimentos, para adequar melhor os produtos ao gosto e à forma anatômica das pessoas (Silveira, 2008).
A vestimenta deve ser projetada em função das formas do corpo e seus movimentos. A localização das articulações e seus diferentes ângulos de abertura e direcionamento exigem pensar a morfologia do vestuário segundo as atividades do usuário. Neste sentido, as articulações possuem limites formais que é preciso considerar para evitar tensões e o impedimento quanto ao desenvolvimento natural do corpo (Saltzman, 2004).
Através das ferramentas da ergonomia aplicadas na etapa da modelagem do vestuário, na adequação da matéria-prima ao modelo e no acabamento se torna possível conseguir uma construção muito mais eficaz do ponto de vista do conforto ergonômico. Conhecer a forma e as medidas do corpo é essencial no projeto de produtos do vestuário, sendo direta a relação entre a forma física e as ações e movimentos realizados pro este corpo, remetendo aos conceitos da antropometria.
O vestuário deve interagir com as necessidades fisiológicas e ergonômicas do corpo, favorecendo a interação do corpo com o ambiente, as atividades desempenhadas e as convenções sociais da cultura a que o utilizador pertence. As propriedades ergonômicas dizem respeito à facilidade de adaptação antropométrica, entre elas a facilidade de manuseio, de uso, de conforto, de segurança e de vestibilidade da roupa.
De acordo com a Internacional Standards Association (ISO, 1981; apud MORAES, 2005, p 99) citado por Silveira (2008) usabilidade é definida como:.[...] a efetividade, eficiência e satisfação com as quais usuários específicos atingem metas específicas em ambientes particulares.. Interpretando esta definição, pode-se afirmar que quando o objetivo do projeto é alcançado, obtém-se a efetividade. Dizendo de outra forma, a efetividade foi alcançada quando uma peça do vestuário, projetada para fazer exercícios físicos, permite que o indivíduo se movimente e se flexione de maneira natural e segura.
Ainda de acordo com Russo e Moraes (2005) e citado por Silveira (2008), a satisfação se refere ao nível de conforto e de aceitabilidade dos usuários ao usar o produto. A satisfação é um aspecto muito importante da usabilidade do vestuário, pois envolve os sentimentos dos usuários em relação ao produto, situados no nível do conforto e da aceitabilidade. Quando a roupa facilita ao corpo assumir uma posição confortável e agradável, durante os movimentos de sentar, caminhar e movimentar os braços, sem restrição, causa satisfação.
Através da analise dos procedimentos referidos as qualidades técnicas e ergonômicas são obtidas por meio da adequação da matéria prima ao estilo do modelo, da técnica de modelagem aplicada segundo critérios ergonômicos e medidas antropométricas adequadas, dessa forma oferecendo conforto, e proporcionando liberdade de movimentos, posicionamento, deslocamento, bem estar emocional, atingindo os conceitos de usabilidade e de bem-estar em todos os aspectos que envolvem a interação entre o vestuário e seu usuário.
A sensação de conforto sensorial de uma roupa é comunicada por meio do toque do tecido pela pele do usuário do traje, transmitindo as sensações de conforto ou desconforto através do tato como, por exemplo, o desconforto causado por um tecido que pinica ou a agradável sensação de um tecido macio sedoso. Sendo assim, as propriedades de toque são fundamentais tanto na moda, como em outras aplicações têxteis destinadas a interagir com as pessoas, pois auxiliam na percepção e avaliação de um determinado produto têxtil.
De acordo com Mendes et al, (2009) são pontos a serem considerados para uma avaliação sensorial tátil de tecidos destinados ao vestuário:
- Influência do comprimento fibra - um fio feito de fibras longas é menos cabeludo e mais regular do que um fabricado com fibras curtas, podendo ter influência no sentimento de toque;
- Influência da estrutura do fio - proporcionado pelo processo de produção, que ocasionará a produção de fios maior ou menor torção, bem como maior, que pode influenciar nas características de flexibilidade, maciez, resistência, etc.;
- Influência da densidade de fios para tecidos e para malhas - o aumento da densidade de fios na teia ou trama, aliado a espessura do fio caracterizará um tecido em termos de flexibilidade, rigidez e espessura influenciando o toque. O mesmo ocorrendo para as malhas, no que diz respeito às fileiras e colunas, quando ocorre aumento da densidade de fileiras e colunas;
- Influência da torção do fio - para a mesma contagem do material e do fio, a flexibilidade de um fio muda com o processo de produção e com a torção do fio, consequentemente contribuindo para o grau de aspereza e de flexibilidade dos tecidos;
- A influência da tensão dos fios - aumentando a tensão durante o processo de produção da malhas para uma mesma contagem do fio de cursos ou colunas, torna-se perceptível ao utilizador de flexibilidade, rigidez de tecidos e malhas. Referências
Referência -------------------------------------------------------------------------------------------------------
BROEGA, A.C. & Silva, M.E.C., O conforto como ferramenta do design têxtil. 3º Encuentro Latinoamericano de Deseño, Buenos Aires (Argentina), julho 2008.
SOUTINHO, H. F. C., Design funcional de vestuário interior. Braga (Portugal): Escola de Engenharia, Universidade do Minho, 2006. Dissertação de mestrado.
Uma expressão geralmente aceita define conforto como sendo um estado de harmonia física e mental com o meio ambiente, baseado na ausência de qualquer sensação de incômodo.
Segundo Soutinho (2006), o conforto total do vestuário pode ser dividido em quatro aspectos fundamentais:
* O conforto termofisiológico (térmico) apresenta historicamente a razão mais importante para a existência do vestuário, o que deve proteger as pessoas contra o frio e o calor e simultaneamente tem que permitir a transferência da umidade através das suas camadas.
* O conforto psicológico é alcançado através da combinação de fatores como: facilidade de manutenção, durabilidade, estética, moda, meio social e cultural, ou seja, está relacionado predominantemente com as tendências da moda seguidas pela sociedade.
* O conforto físico (sensorial) é causado por contato mecânico e térmico entre o tecido e a pele, ou seja, está relacionado com as sensações provocadas pelo contato do tecido com a pele. O contato pode ser estático ou dinâmico (durante o movimento).
* O conforto ergonômico está ligado à forma do vestuário. Os fatores que mais influência tem sobre este tipo de conforto são os cortes, costuras, forma de modelagem e tabelas antropométricas. Fatores associados à capacidade de realização de movimentos corporais relacionados com o tipo e estrutura dos materiais utilizados são também importantes.
As características de conforto que um consumidor procura em uma peça de vestuário podem ser vistas como as suas especificações funcionais e estéticas. As especificações estéticas são as que irão dar ao consumidor conforto psicológico e as especificações funcionais são aquelas que lhe irão dar conforto fisiológico e sensorial (Broega & Silva, 2008).
Conforto e Ergonomia
Gonçalves (2007) afirma que o suporte do produto de moda-vestuário é o corpo humano, que se trata fisicamente de uma estrutura tridimensional articulada em constante movimento, capaz de reagir diferentemente entre os semelhantes expostos aos mesmos estímulos no ambiente onde convivem.
O projeto do vestuário tem suas especificidades relacionadas à estética, porém, um dos objetivos deve ser também o conforto corporal. Em cada etapa de sua elaboração deve-se ter sempre a visão de todo o processo, levando-se em conta a complexidade de sua função, que tem como finalidade vestir um corpo. Para atingir estes objetivos, a utilização dos fatores ergonômicos vai além de uma investigação para a melhoria e organização do trabalho, deve reunir elementos e procedimentos, para adequar melhor os produtos ao gosto e à forma anatômica das pessoas (Silveira, 2008).
A vestimenta deve ser projetada em função das formas do corpo e seus movimentos. A localização das articulações e seus diferentes ângulos de abertura e direcionamento exigem pensar a morfologia do vestuário segundo as atividades do usuário. Neste sentido, as articulações possuem limites formais que é preciso considerar para evitar tensões e o impedimento quanto ao desenvolvimento natural do corpo (Saltzman, 2004).
Através das ferramentas da ergonomia aplicadas na etapa da modelagem do vestuário, na adequação da matéria-prima ao modelo e no acabamento se torna possível conseguir uma construção muito mais eficaz do ponto de vista do conforto ergonômico. Conhecer a forma e as medidas do corpo é essencial no projeto de produtos do vestuário, sendo direta a relação entre a forma física e as ações e movimentos realizados pro este corpo, remetendo aos conceitos da antropometria.
O vestuário deve interagir com as necessidades fisiológicas e ergonômicas do corpo, favorecendo a interação do corpo com o ambiente, as atividades desempenhadas e as convenções sociais da cultura a que o utilizador pertence. As propriedades ergonômicas dizem respeito à facilidade de adaptação antropométrica, entre elas a facilidade de manuseio, de uso, de conforto, de segurança e de vestibilidade da roupa.
De acordo com a Internacional Standards Association (ISO, 1981; apud MORAES, 2005, p 99) citado por Silveira (2008) usabilidade é definida como:.[...] a efetividade, eficiência e satisfação com as quais usuários específicos atingem metas específicas em ambientes particulares.. Interpretando esta definição, pode-se afirmar que quando o objetivo do projeto é alcançado, obtém-se a efetividade. Dizendo de outra forma, a efetividade foi alcançada quando uma peça do vestuário, projetada para fazer exercícios físicos, permite que o indivíduo se movimente e se flexione de maneira natural e segura.
Ainda de acordo com Russo e Moraes (2005) e citado por Silveira (2008), a satisfação se refere ao nível de conforto e de aceitabilidade dos usuários ao usar o produto. A satisfação é um aspecto muito importante da usabilidade do vestuário, pois envolve os sentimentos dos usuários em relação ao produto, situados no nível do conforto e da aceitabilidade. Quando a roupa facilita ao corpo assumir uma posição confortável e agradável, durante os movimentos de sentar, caminhar e movimentar os braços, sem restrição, causa satisfação.
Através da analise dos procedimentos referidos as qualidades técnicas e ergonômicas são obtidas por meio da adequação da matéria prima ao estilo do modelo, da técnica de modelagem aplicada segundo critérios ergonômicos e medidas antropométricas adequadas, dessa forma oferecendo conforto, e proporcionando liberdade de movimentos, posicionamento, deslocamento, bem estar emocional, atingindo os conceitos de usabilidade e de bem-estar em todos os aspectos que envolvem a interação entre o vestuário e seu usuário.
A sensação de conforto sensorial de uma roupa é comunicada por meio do toque do tecido pela pele do usuário do traje, transmitindo as sensações de conforto ou desconforto através do tato como, por exemplo, o desconforto causado por um tecido que pinica ou a agradável sensação de um tecido macio sedoso. Sendo assim, as propriedades de toque são fundamentais tanto na moda, como em outras aplicações têxteis destinadas a interagir com as pessoas, pois auxiliam na percepção e avaliação de um determinado produto têxtil.
De acordo com Mendes et al, (2009) são pontos a serem considerados para uma avaliação sensorial tátil de tecidos destinados ao vestuário:
- Influência do comprimento fibra - um fio feito de fibras longas é menos cabeludo e mais regular do que um fabricado com fibras curtas, podendo ter influência no sentimento de toque;
- Influência da estrutura do fio - proporcionado pelo processo de produção, que ocasionará a produção de fios maior ou menor torção, bem como maior, que pode influenciar nas características de flexibilidade, maciez, resistência, etc.;
- Influência da densidade de fios para tecidos e para malhas - o aumento da densidade de fios na teia ou trama, aliado a espessura do fio caracterizará um tecido em termos de flexibilidade, rigidez e espessura influenciando o toque. O mesmo ocorrendo para as malhas, no que diz respeito às fileiras e colunas, quando ocorre aumento da densidade de fileiras e colunas;
- Influência da torção do fio - para a mesma contagem do material e do fio, a flexibilidade de um fio muda com o processo de produção e com a torção do fio, consequentemente contribuindo para o grau de aspereza e de flexibilidade dos tecidos;
- A influência da tensão dos fios - aumentando a tensão durante o processo de produção da malhas para uma mesma contagem do fio de cursos ou colunas, torna-se perceptível ao utilizador de flexibilidade, rigidez de tecidos e malhas. Referências
Referência -------------------------------------------------------------------------------------------------------
BROEGA, A.C. & Silva, M.E.C., O conforto como ferramenta do design têxtil. 3º Encuentro Latinoamericano de Deseño, Buenos Aires (Argentina), julho 2008.
SOUTINHO, H. F. C., Design funcional de vestuário interior. Braga (Portugal): Escola de Engenharia, Universidade do Minho, 2006. Dissertação de mestrado.
Tema
Iemanjá
Iemanjá não é só brasileira, esse orixá é de origem africana e em cada país é lembrada de formas diferentes. Suas representações são muito próximas, o uso da cor azul e branca e sua relação com o mar. No Brasil ela é a "Rainha dos Mares", dedicamos a ela a tradicional Festa de Iemanjá na cidade de Salvador, que tem como lugar a praia do Rio Vermelho, esta festa acontece todo dia 2 de Fevereiro. Na mesma data, Iemanjá também é cultuada em diversas outras praias brasileiras, onde lhe são ofertadas velas e flores, lançadas ao mar em pequenos barcos artesanais. Além desta comemoração, durante a passagincipem de ano, milhares de pessoas homenageiam a Rainha dos Mares, principalmente no Rio de Janeiro.
Tomando como base de estudo as obras de Ortiz (1985 e1988) e Silva (2000), entende-se por identidade nacional uma identidade definida em relação a algo exterior, que no caso brasileiro se diferencia principalmente dos europeus e norte-americanos, mas que, ao mesmo tempo, se assemelha muito à identidade pensada no âmbito dos países latino-americanos. Essa cultura e história de uma unidade brasileira correspondem aos interesses de diferentes grupos sociais em sua relação com o Estado. Essa construção é um processo de produção simbólica e discursiva, que não é fixa ou natural. E apesar de uma busca contínua por essa unidade, não existe uma única identidade. E para afirmar esta é comum legitimá-la por referências exteriores ou num passado que valide essa identidade.
Foi realizada uma pesquisa em bureau de estilo internacional e diante dos temas apresentados, esta coleção fixa-se em alguns pontos levantados. Um dos focos de inspiração para esta coleção foi o mar. Este elemento da natureza nos remete um tema presente nas pautas mundiais que é o movimento de preservação do meio ambiente.
Junto com essa questão, aproveitamos o mar como referência a um elemento peculiar a cultura nacional brasileira, tendo em vista as temáticas de festas e festivais populares, em que a cultura se justa põem. Iemanjá foi o elemento escolhido para simbolizar a cultura nacional, que esta sempre em construção sendo um processo de produção simbólica e discursiva, que não é fixa ou natural.
Outros elementos usados foram o floral, a aparência de algo pintado manualmente de forma desfocada e que remeta ao artesanal. Tudo isso se apresenta muitas vezes de forma exagerada mas usando de materiais delicados e com cores que estabelecem o contras de cores com luz e sem. Todos esses ponto levantados não são aleatórios, mas uma exploração dos temas e elementos pesquisados. Por fim, diante deste estudo, destacam-se alguns materiais muito usados nas maquetes de tecido: organza e pérola.
Com isso, foi desenvolvida uma ambiência com imagens que referenciavam as festas e símbolos de Iemanjá, em conjunto das têndencias analisadas.
Referências ------------------------------------------------------------------------------------------------
Ortiz, Renato. Cultura brasileira e identidade nacional. 5ª reimpr. da 5ª ed. São Paulo-Brasil: Brasiliense, 1985.
______. A moderna Tradição Brasileira. São Paulo: Brasiliense, 5ª reimpr. da 5ª Ed. 1947.
SILVA, Tomaz Tadeu de (org.);HALL, Stuart; WOODWARD, Katharyn. Identidade e Diferença, A perspectiva dos Estudos Culturais. 2000, Petrópolis. Editora Vozes.
Iemanjá não é só brasileira, esse orixá é de origem africana e em cada país é lembrada de formas diferentes. Suas representações são muito próximas, o uso da cor azul e branca e sua relação com o mar. No Brasil ela é a "Rainha dos Mares", dedicamos a ela a tradicional Festa de Iemanjá na cidade de Salvador, que tem como lugar a praia do Rio Vermelho, esta festa acontece todo dia 2 de Fevereiro. Na mesma data, Iemanjá também é cultuada em diversas outras praias brasileiras, onde lhe são ofertadas velas e flores, lançadas ao mar em pequenos barcos artesanais. Além desta comemoração, durante a passagincipem de ano, milhares de pessoas homenageiam a Rainha dos Mares, principalmente no Rio de Janeiro.
Tomando como base de estudo as obras de Ortiz (1985 e1988) e Silva (2000), entende-se por identidade nacional uma identidade definida em relação a algo exterior, que no caso brasileiro se diferencia principalmente dos europeus e norte-americanos, mas que, ao mesmo tempo, se assemelha muito à identidade pensada no âmbito dos países latino-americanos. Essa cultura e história de uma unidade brasileira correspondem aos interesses de diferentes grupos sociais em sua relação com o Estado. Essa construção é um processo de produção simbólica e discursiva, que não é fixa ou natural. E apesar de uma busca contínua por essa unidade, não existe uma única identidade. E para afirmar esta é comum legitimá-la por referências exteriores ou num passado que valide essa identidade.
Foi realizada uma pesquisa em bureau de estilo internacional e diante dos temas apresentados, esta coleção fixa-se em alguns pontos levantados. Um dos focos de inspiração para esta coleção foi o mar. Este elemento da natureza nos remete um tema presente nas pautas mundiais que é o movimento de preservação do meio ambiente.
Junto com essa questão, aproveitamos o mar como referência a um elemento peculiar a cultura nacional brasileira, tendo em vista as temáticas de festas e festivais populares, em que a cultura se justa põem. Iemanjá foi o elemento escolhido para simbolizar a cultura nacional, que esta sempre em construção sendo um processo de produção simbólica e discursiva, que não é fixa ou natural.
Outros elementos usados foram o floral, a aparência de algo pintado manualmente de forma desfocada e que remeta ao artesanal. Tudo isso se apresenta muitas vezes de forma exagerada mas usando de materiais delicados e com cores que estabelecem o contras de cores com luz e sem. Todos esses ponto levantados não são aleatórios, mas uma exploração dos temas e elementos pesquisados. Por fim, diante deste estudo, destacam-se alguns materiais muito usados nas maquetes de tecido: organza e pérola.
Com isso, foi desenvolvida uma ambiência com imagens que referenciavam as festas e símbolos de Iemanjá, em conjunto das têndencias analisadas.
Referências ------------------------------------------------------------------------------------------------
Ortiz, Renato. Cultura brasileira e identidade nacional. 5ª reimpr. da 5ª ed. São Paulo-Brasil: Brasiliense, 1985.
______. A moderna Tradição Brasileira. São Paulo: Brasiliense, 5ª reimpr. da 5ª Ed. 1947.
SILVA, Tomaz Tadeu de (org.);HALL, Stuart; WOODWARD, Katharyn. Identidade e Diferença, A perspectiva dos Estudos Culturais. 2000, Petrópolis. Editora Vozes.
Bem-vindo!
Este blog é o resultado de um trabalho acadêmico que busca criar uma
coleção com base na ergonomia e que utilizem tecidos tecnológicos e/ou
nãotecidos. Para tanto, realizamos uma pesquisa sobre tendências de
moda e escolhemos o produto que gostariamos de desenvolver. Feito
isso, partimos para um exercício de desenvolver maquetes com diversos
materiais, afim de propor novos tecidos, texturas com base na
ambiência criada. A partir dessas maquetes e o tema escolhido,
desenvolvemos nossa coleção e uma pesquisa detalhada sobre tecidos e
tecnologias existentes que poderiam ser usadas para a concretização
da coleção.
coleção com base na ergonomia e que utilizem tecidos tecnológicos e/ou
nãotecidos. Para tanto, realizamos uma pesquisa sobre tendências de
moda e escolhemos o produto que gostariamos de desenvolver. Feito
isso, partimos para um exercício de desenvolver maquetes com diversos
materiais, afim de propor novos tecidos, texturas com base na
ambiência criada. A partir dessas maquetes e o tema escolhido,
desenvolvemos nossa coleção e uma pesquisa detalhada sobre tecidos e
tecnologias existentes que poderiam ser usadas para a concretização
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